No dia 9 de julho de 1980, há 35 anos, o Brasil perdia o grande poeta Vinicius de Moraes, para alguns “o poetinha”. Há quem diga que o apelido lhe tenha sido dado pelo parceiro Tom Jobim. Outros dizem que se trata de um batismo de críticos, um desdém para com Vinicius. Já que os grandes poetas contemporâneos de Vinícius nunca incursionavam pela MPB.  O poeta foi mesmo grande. Suas letras ser harmonizavam com as sinfonias dos parceiros. Parte do trabalho considerável de Vinícius pode ser visto neste blog. Para isso, basta escrever no buscador as palavras “Vinicius 100 anos”. São dezenas de poesias. O poema do qual mais gosto é o “Soneto da Fidelidade”:
De tudo, ao meu amor serei atento 
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto 
Que mesmo em face do maior encanto 
Dele se encante mais meu pensamento 

Quero vivê-lo em cada vão momento 
E em seu louvor hei de espalhar meu canto 
E rir meu riso e derramar meu pranto 
Ao seu pesar ou seu contentamento 

E assim quando mais tarde me procure 
Quem sabe a morte, angústia de quem vive 
Quem sabe a solidão, fim de quem ama 

Eu possa lhe dizer do amor (que tive): 
Que não seja imortal, posto que é chama 
Mas que seja infinito enquanto dure